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Tudo o que sempre perguntou sobre o lubrificante

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A TOTAL é uma empresa que passa uma grande parte do seu tempo em comunicação com os seus clientes sobre as boas práticas de manutenção, os seus conhecimentos sobre lubrificantes, os seus serviços (blog, páginas web, formações locais …). Somos o que se chama “especialistas” no mundo dos lubrificantes.

Sim, somos “lubrificantes” e orgulhamo-nos disso. A nossa empresa é uma multinacional com refinarias em todo o mundo, dedicada desde o início do século XX ao desenvolvimento de produtos que permitem prolongar a vida útil do motor, manter o seu desempenho (potência, aceleração, consumo …) como no primeiro dia e reduzir os custos de manutenção.

100.000 pessoas em todo o mundo, quarta empresa multinacional em lubrificantes, três centros de pesquisa, numerosas patentes … Tudo isso nos torna especialistas em matéria de lubrificantes e, especialmente, no motor, tendo em conta as nossas relações com os principais fabricantes do mundo automóvel, para carros, camiões ou máquinas de todos os tipos.

Na Total, somos fascinados pelo mundo do motor, pelas corridas e pelo dia a dia de um carro, quer seja nosso ou seu.

Vamos começar a falar sobre o motor, um lugar onde muitas coisas acontecem ao mesmo tempo: partes móveis, forças em ação, combustão … fenómenos intermináveis; mas onde há um que nos pode levar ao desastre … o atrito, um fenómeno que impede as peças de se movimentarem livremente.

Todas as superfícies existentes na natureza são rugosas quando vistas ao microscópio e algumas até quando vistas directamente a olho nu, e quando entram em contacto umas com as outras, as rugosidades aproximam-se e entrelaçam-se, aderindo de alguma forma umas às outras, gerando fricção entre todas as peças e superfícies que estão em contacto como ocorre sempre dentro de um motor.

Se não protegermos o motor dessa fricção, seguramente que vamos ter problemas em conseqüência desse entrelaçamento microscópico: dois dos mais importantes são o desgaste das peças e o aumento da temperatura do motor.

Querem ter um exemplo de atrito na vida diária? Durante os dias frios é costume esfregarmos as mãos para usar a energia dissipada pelo atrito para as aquecer, e se o fizermos durante muito tempo e com muita força poderemos até desgastar a pele mais superficial das nossas mãos.

É por isso que o objectivo de lubrificação é separar as superfícies para facilitar o movimento relativo entre elas, colocar uma camada de lubrificante permite separar e evitar (ou pelo menos minimizar) as superfícies de contacto e, assim, diminuir os problemas associados ao atrito.

Mas … o que é um lubrificante ? Um lubrificante é uma substância que, como o nome indica, usamos para lubrificar, separar duas superfícies para reduzir a ficção e facilitar o movimento relativo entre elas. Os lubrificantes são compostos por uma receita muito simples que consiste basicamente em 2 ingredientes: óleos base e aditivos. Os óleos base são aqueles que estão em maior proporção dentro do lubrificante, por volta de 70%, e são a base sobre a qual o lubrificante é construído; Existem diferentes tipos: os minerais que vêm sempre do petróleo e os sintéticos, que podem ou não ser de origem petrolífera, mas tratada por tratamentos físico-quimicos mais ou menos complexos, que são os mais modernos e os mais resistentes.
O segundo ingrediente, os aditivos, são produtos químicos que conferem determinadas características adicionais ao lubrificante para que ele possa cumprir sua missão de forma eficaz; esses aditivos cumprem a função de interagir com o óleo base para conferir ou melhorar alguma caracteristica que a base necessitava de reforçar ou mesmo não possuía (por exemplo, quando queremos que um óleo seja mais estável em função de mudanças de temperatura). Formular corretamente um lubrificante é uma ciência muito exata e delicada que requer muito conhecimento e horas de laboratório.

Uma vez que o lubrificante esteja formulado, temos que falar sobre as suas funções, algumas delas vitais que não devemos ignorar e que são tão importantes quanto, por exemplo, dissipar o calor e minimizar a fricção de que falamos no início.

Entre essas funções podemos destacar:

Participar na limpeza do motor: quando falamos de limpeza, precisamos de recordar que, no momento de trocar o óleo, vemos um óleo escuro ou turvo e parece estar sujo; pois de facto é verdade, porque o lubrificante contém certos compostos químicos que ajudam a reter as impurezas e sujidades e impedir que elas adiram às superfícies internas do motor, com consequências imprevisíveis.Arrefecer: apesar do que se acredita, o motor não é apenas arrefecido por meio do Liquido de Arrefecimento que circula entre o motor e o radiador. Na verdade, quando falamos em arrefecimento ou refrigeração do motor, quase 40% do calor é evacuado pelo lubrificante, o qual consegue fazer toda a refrigeração de dentro do motor, conservando as peças numa temperatura ideal para o manter em funcionamento em excelentes condições. Colaborar na estanquicidade do motor: esta é uma função que é muito pouco conhecida e é muito importante. Quando se fala de estanquicidade, referimo-nos à câmara onde ocorre a combustão, a qual é necessário manter fechada para garantir que toda a energia produzida na combustão seja transferida para o pistão e se transforme em movimento. Daí a necessidade de ter um lubrificante com uma viscosidade correta que forneça uma película que a vede perfeitamente.

E muitas mais propriedades que o lubrificante tem, graças à sua formulação e que garantem ao motor uma correta operação e proteção.

Por outro lado, os lubrificantes devem cumprir todas essas funções e lubrificar bem, independentemente da temperatura, ou seja, eles devem fazer o seu trabalho tanto quando tivermos o carro parado e frio, como quando ele estiver em andamento. Os lubrificantes são muito semelhantes a qualquer outra substância: quanto mais frios eles são, menos fluidos eles ficam, ou seja, são mais viscosos.
Às vezes, isso significa que trabalham com menos eficiência: o pior desempenho dos lubrificantes em baixas temperaturas é uma das razões pelas quais os motores e as transmissões são menos eficientes antes de terem sido aquecidos correctamente, algo que costumamos ver durante o inverno.

Por outro lado, quanto mais quente for um lubrificante, mais fluido ele fica e menos viscoso. Embora isso possa parecer uma coisa boa, nem sempre é. Em máquinas pesadas que trabalham lentamente em alta potência, é necessário uma camada de lubrificação mais espessa e durável, e um lubrificante de baixa viscosidade funcionará com mais eficiência. Em geral, há uma temperatura crítica acima da qual os lubrificantes deixam de formar uma camada forte e eficaz que adere às superfícies em que tocam. É por isso que é importante levar em consideração o tipo e as condições de uso do lubrificante para fazer uma recomendação adequada.

Portanto, o desenho de lubrificantes envolve um estudo cuidadoso das condições sob as quais certos motores e máquinas operam, incluindo a velocidade, a potência e temperaturas máximas e mínimas, tendo em consideração o equilíbrio entre o desempenho, eficiência e durabilidade.

Há alguns anos, os lubrificantes não suportavam trabalhos extremos, resultando no que conhecemos como gomas e vernizes. Estas bloqueavam todas as passagens de lubrificação do motor e não permitiam uma lubrificação adequada das peças, provocando avarias.

Estas necessidades, juntamente com os avanços tecnológicos nos motores e equipamentos, e deixando de lado as regras e as leis ambientais, levou ao desenvolvimento de novas formulações de lubrificantes, com tecnologia avançada e especializada para diferentes tipos de usos e aplicações, tecnologias que passam a usar diferentes tipos de óleos base refinados e tratados e mais novos pacotes de aditivos modernos e complexos, para serem capazes de atender às severas aplicações e condições a que estão sujeitas actualmente.

Ou seja, o mundo dos lubrificantes progride em passos de gigante e de mãos dadas com os construtores e todas as diferentes tecnologias disponíveis no mercado e, portanto, têm vindo a adaptar-se em comunhão com estes. As suas bases foram modificadas, passando-se de bases minerais e quimicamente simples a bases sintéticas, mais refinadas, especializadas e complexas quimicamente, para serem capaz de resistir às condições severas de uso exigidas pelas novas tecnologias propostas, ao mesmo tempo protegendo o motor e o meio ambiente. E, claro, os aditivos também mudaram, sendo novos produtos químicos mais modernos e complexos, projetados para ajudar as novas bases a cumprir o seu papel.

Tudo isso explica porque razão caíram em desuso os típicos 15W40 que ouvimos durante toda a vida para os carros mais modernos, sabendo que hoje cada carro tem um lubrificante específico, dependendo de suas necessidades e tecnologias.

Esperemos então que o lubrificante já não tenha segredos para si!
Num próximo artigo contar-lhe-emos alguns conceitos sobre o consumo de óleo.

 

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